Cafés brasileiros com indicação geográfica ganham destaque na cena internacional

A declaração do presidente americano Donald Trump sobre a falta do café brasileiro nos EUA, devido às sobretaxas, evidencia a importância das exportações nacionais.
No entanto, a cafeicultura brasileira vai muito além de uma commodity única, contando com 20 Indicações Geográficas (IGs) que atestam a diversidade e qualidade de seus produtos.
Os
cafés com IG foram destaque na 13ª Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte, onde o Sebrae promoveu a degustação desses produtos para 25 mil participantes.
As Indicações Geográficas funcionam como ferramentas coletivas de valorização, agregando valor ao produto e protegendo a região produtora, promovendo sua herança histórico-cultural intransferível.
O
Sebrae, parceiro histórico dos pequenos cafeicultores, atua em 44 territórios produtores atendendo 5,8 mil produtores. Com aproximadamente 300 mil propriedades cafeeiras no país -- 70% da agricultura familiar -- o café tornou-se um motor de transformação social, econômica e ambiental.
Existem dois tipos de registro de IG: a Indicação de Procedência (IP), ligada à reputação de uma região como produtora, e a Denominação de Origem (DO), que requer comprovação técnica de que as condições geográficas garantem qualidades específicas ao produto.
O apoio do Sebrae inclui capacitação dos produtores e estruturação da governança, resultando em significativa valorização de mercado, em alguns casos, com aumentos de preço de até 300%.
Recentemente, foi lançada a Plataforma de Digitalização das IGs, que reúne informações sobre rastreabilidade, características singulares e compromissos socioambientais dos produtores, garantindo a origem e qualidade dos
cafés especiais brasileiros.










